quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Chales Chaplin

Uma das coisas que teremos aqui é exemplos de pessoas que se tornaram inspiração para a humanidade. Muitos poderiam ser escolhidos para o primeiro, mas seria injustiça escolher quem é o maior. Por isso escolhi do modo mais fácil. O primeiro que me veio na cabeça, e esse é Charles Chaplin.


   Charles Chaplin mais conhecido como Charle Chaplin, foi um humorista, ator, diretor, produtorempresário, escritor, dançarino, roteirista e músico, que até tem uma estrela com seu nome. Nascido na Inglaterra, mas com um imenso amor pela terra das oportunidades, a terra da liberdade: Os Estados-Unidos.
   Desde criança viveu no meio artístico vendo seus pais se desdobrando para ter seu pão de cada dia, os dois eram cantores e atores que se separaram sendo que sua mãe ficou com ele, desenvolvendo cada vez mais uma depressão que depois a levou a loucura.
   Sempre será reconhecido como O vagabundo, com aquele chapéu coco, carrega uma bengala de bambu e tem no rosto um bigode. A magia dele é que não é nada mais nada menos que uma pessoa comum, só é mais engraçada.
   Graças ao elevado número de imigrantes na América, seus filmes mudos fizeram grande sucesso sem barreiras linguísticas, usando das piadas do pastelão e ingênuas. Fazia filmes com mais romance e organização, o que o fez começar a dirigir seus próprios filmes que demoravam mais para serem produzidos, mas faziam mais sucesso, sem perder a graça passavam mensagem dignas de admiração.
   Conseguiu a permissão para fazer filmes de duas bobinas, e levou as telas uma criança: Jackie Coogan. Ele foi considerado a primeira celebridade infantil da história.
   Ele resistiu muito tempo com cinema mudo, o que foi possível com sua fama, sempre tentando "Adaptar o discurso ao público", mas chegou uma hora em que não seria mais possível.
   Daí nasceu "O grande ditador", que foi lançado pouco tempo depois dos Estados-Unidos se envolverem na Segunda-Guerra. Nele, Chaplin faz uma alusão clara ao ditador nazista e seu sistema, e fez o quase impossível de tornar tudo engraçado. Muitos foram os motivos para fazer esse filme, mas a maior fica clara quando descobrimos que ele é de descendência judia.
   Como um ninfomaníaco conseguiu muitos problemas na vida inclusive depois um tempo. Apesar de estar provado que ele não tinha filho com uma ex-esposa, as suspeitas da época de que ele era um comunista o fizeram pagar pensão para sua ex-mulher e foi exilado do país, mesmo depois tendo sido provado que o filho não era dele, continuou pagando. A decisão do tribunal foi considerada injusta após anos de ter sido feita.
   Em Londres ainda dirigiu filmes, e teve sua última aparição nas telas.
   Sua saúde só piorou daí em diante, morrendo no dia de Natal em 1977.


   Não importa quais são as controvérsias que pairam sobre a sua vida, o que é claro sobre ele já basta para saber o exemplo que ele foi. Em todos os filmes, ele passava uma mensagem, mas no "O grande ditador" que ele usou do recurso da voz, pode nos deixar sua maior mensagem:


      "Sinto muito, mas não pretendo ser um imperador. Não é esse o meu ofício. Não pretendo governar ou conquistar quem quer que seja. Gostaria de ajudar – se possível – judeus, o gentio... negros... brancos.
   Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo – não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
   O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens... levantou no mundo as muralhas do ódio... e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
   A aviação e o rádio aproximaram-nos muito mais. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem... um apelo à fraternidade universal... à união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora... milhões de desesperados, homens, mulheres, criancinhas... vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que me podem ouvir eu digo: “Não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia... da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
   Soldados! Não vos entregueis a esses brutais... que vos desprezam... que vos escravizam... que arregimentam as vossas vidas... que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos! Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão! Não sois máquina! Homens é que sois! E com o amor da humanidade em vossas almas! Não odieis! Só odeiam os que não se fazem amar... os que não se fazem amar e os inumanos!
   Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutai pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas dos homens todos! Está em vós! Vós, o povo, tendes o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vós, o povo, tendes o poder de tornar esta vida livre e bela... de faze-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo... um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
   É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam! Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão! Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e à prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos!"
-Charles Chaplin

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